"No lugar de Vieira também não dizia nada e fugia"

Bruno de Carvalho lembrou,à Sporting TV, que encarnados "perderam a Supertaça e tresloucaram"
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Bruno de Carvalho voltou ontem à carga sobre a "caixa Eusébio" e as ofertas do Benfica aos árbitros, para dizer que é um "assunto para a justiça desportiva, ponto final ". Na Sporting TV o líder leonino disse entender que "as pessoas" estejam "em pânico" com a possibilidade de se fazerem cumprir os regulamentos.

E voltou a defender que o caso pode valer descida de divisão ao rival da Luz: "O que os incomoda é que isto é uma bomba-relógio. A nível de regulamentação, podemos estar a falar de descida de divisão. "Estamos a falar de um grande clube, não tenho dúvida nenhuma, um grande clube. As pessoas estão em pânico. Também acho que é fundamental a presença do Benfica na Liga, até porque gosto de ganhar em campo às equipas e não na secretaria. Mas vivemos num mundo de leis e de regras. Há uma decisão desportiva que tem de ser tomada. Enquanto presidente do Sporting não vou permitir que este assunto caia em saco roto. Até porque o saco não estava roto. E esta história do MP não me convence."

Sobre a prometida resposta de Luís Filipe Vieira, "no sítio certo", o líder leonino atirou: "O sítio certo não é o Ministério Público de certeza." E continuou. "O presidente do Benfica não sabe o que dizer. São 1120 jantares, muita camisola e muita e muito saco. Nem que fossemos brincar ao preço de custo, conseguíamos sair de uma violação (regulamentos)", acusou.

"E estivesse no lugar de Vieira, agarrado ao poder como se nota que ele está, também não respondia a nada, fugia e tinha a esperança de poder ganhar o dérbi para ver se no meio da poeira o outro se calava, mas comigo está enganado. Independentemente do resultado do dérbi, espero que seja a vitória do Sporting, eu não me vou calar. Isto é demasiado importante para o futebol português".

Na opinião do líder leonino, "primeiro é preciso esclarecer se é ou não ilícito em termos desportivos pagar 1120 jantares". E "só depois, se houver uma sanção desportiva, é que pode haver sanção criminal". E se estivesse no lugar do presidente da Federação "tomava uma decisão em cinco minutos". "A minha indignação perante a Federaçãoé esta: caixa, assunto desportivo. Como diria o "outro", vamos deixar-nos de folclore. Eu sei que custa, até queima as mãos. É verdade. No Sporting, de vez em quando, também tenho assuntos que me queimam as mãos. Neste momento tenho um: Carrillo. E tenho de o encarar, enfrentar e tomar decisões".

A seguir disse que não está nada nervoso com o dérbi de dia 25, que marca o regresso de Jesus à Luz, e lembrou que esta época já ganhou um. "Perderam a Supertaça e tresloucaram, estavam em contenção, que iam apostar na formação, mas perderam e começaram a comprar passes de jogadores de nove milhões. Notou-se que aquela derrota pesou muito e que a vinda de Jesus pesou muito e a estratégia económico-financeira mudou toda", contou Bruno de Carvalho, virando depois agulhas para o processo "ridículo" movido pelo Benfica contra o ex-técnico (ver texto ao lado): "Esta desestabilização ridícula antes do dérbi. Não há vergonha na cara, podiam ter esperado dois ou três dias para não serem tão evidentes."

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